quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

NO CARIRI, PREÇO DO FEIJÃO TEM AUMENTO DE 50%


Dispara o preço do feijão no Cariri. O aumento do produto chega a até 50%, contabilizando as altas sucessivas desde o início do ano. A principal causa é a escassez de chuvas. Ano passado, praticamente não houve produtividade e os pequenos agricultores chegaram a perder de 80% a 100% do cultivo. A esperança é que venha chuva nos próximos dias, para amenizar a situação. Os agricultores do Cariri continuam indo pegar as sementes do Programa Hora de Plantar, e a orientação é de iniciar o cultivo o quanto antes.
Somente esta semana, o feijão chegou às feiras livres do Cariri com aumento de 10%, em relação à semana passada. Muitos feirantes, para evitar que o valor total da alta não seja repassado ao consumidor final, estão preferindo diminuir o lucro no saco de 60 quilos.

O produto está sendo adquirido para a região de estados como a Bahia e Minas Gerais. Com a alta de gasolina, a tendência é que o aumento para os próximos dias seja maior ainda. E o consumidor da região passa a comprar menos. A seca é a principal vilã nesse momento.

Depois do ano de 2012 com grandes prejuízos, janeiro passa a contar com poucas precipitações e se torna um agravante maior para a escassez dos produtos, como milho e feijão.

Os animais continuam morrendo em alguns municípios, com sede e fome. Segundo o comerciante Francisco Nunes Viana, que há 40 anos comercializa feijão na feira livre do Crato, o aumento dos preços nos últimos meses tem sido contínuo e, praticamente, em toda semana. Os fornecedores, mesmo vendendo feijão provindo de irrigação, também têm atravessado dificuldades com a redução dos reservatórios, conforme o comerciante.

Ele adquire saco de feijão tipo manteiga, que é o de corda com melhor qualidade, por até R$ 800, 00, o saco de 60 quilos. A média de preços para repasse ao consumidor chega a R$ 8,00, por quilo. A fava, até o ano de 2009, tinha o saco de 60 quilos comercializado a R$ 30,00. Hoje, se encontrar no mercado, o produto chega a até R$ 1 mil.

FONTE: Diário do Nordeste


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